Nossa sociedade está passando por momentos críticos nunca vividos. Nos últimos dez anos, o avanço da tecnologia e o alto volume de difusão de informação, por uma lado foi benéfico, uma vez que, a cada instante, se assim quisermos podemos corrigir nossas metas e alinhar nossa trajetória de vida, tanto pessoal como profissional. Entretanto, o excesso de informação, das mídias em geral, quer queiramos ou não,exigem muito da nossa estrutura psicológica, trazendo graves problemas como insônia, síndromes de pânico muitas vezes sem motivação definida, depressão e altos índices de estresse.
Os profissionais de saúde psicológica e psiquiátrica nunca trabalharam tanto, tratando seus pacientes com atendimentos clínicos e muitas vezes utilizando medicamentos. As estatísticas claramente nos apontam esses problemas crescentes, demandando providências urgentes no ambiente familiar, corporativo e governamental.
Embora tenham sido tomadas algumas medidas governamentais, ainda é insuficiente o atendimento que é oferecido pela rede pública, tornando-se necessário mais empenho de toda a sociedade para enfrentar essa problemática.
As Forças de Segurança por sua vez, devido às peculiaridades no exercício da atividade, sofrem um grau mais elevado de exposição aos danos psicológicos. Seja a imposição das normas internas das corporações, das exigências e a falta de amparo legais, do clamor da sociedade por segurança, da “cobrança” da Mídia e a carência de respaldo governamental para esses profissionais que não podem deixar de ser citados.
Tudo isso, em níveis que podem sair totalmente do controle, levam, não raras vezes, a um resultado de incapacidade para o trabalho, para a vida cotidiana e ao suícidio.
O mês de setembro foi separado como Setembro Amarelo de Prevenção ao Suicídio. Assim,vamos lembrar que precisamos evitar esse resultado procurando ajuda a qualquer sinal de incapacidade de suportar as pressões que nos são impostas.
No Instituto Brasil Sem Violência, criado e presidido por mim, estamos trabalhando num projeto de Saúde utilizando a Telemedicina, nas diversas áreas médicas, principalmente no atendimento psicológico dos Profissionais de Segurança, extensivo à família. O projeto não terá custo para o Servidor, uma vez que será subsidiado por captação de recursos públicos e privados. O diferencial desse projeto é que o agente, bem como os familiares poderão utilizar os serviços de forma anônima e reservada de qualquer lugar.
Na Alesp – Assembleia Legislativa de São Paulo, está tramitando o Projeto de Lei 365/2024 de autoria do Deputado Estadual Pastor André Bueno, que autoriza a criação do Programa Estadual de Enfrentamento aos Danos Psicológicos decorrentes do Exercício da atividade de Polícia Militar, Civil e Penal, nas hipóteses de ação policial ostensiva, bem como indenização devida ao respectivo agente de polícia estatal.
Parabenizo o Deputado Pastor André Bueno pela iniciativa e vamos acompanhar a tramitação do Projeto. Entretanto, temos visto que os comprometimentos psicológicos dos servidores acabam por atingir também a própria família. Dessa forma, vamos solicitar ao Deputado acrescentar que o Projeto alcance membros da família dos profissionais que sofrerem danos psicológicos decorrentes.
No Município de São Paulo, tenho como proposta criar um Projeto de Saúde Psicológica para a Guarda Civil Metropolitana e outros servidores, principalmente no caso da Síndrome de Burnout ou Síndrome de Esgotamento Profissional que é o distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastantes.
O Coronel Castro é Candidato a Vereador por São Paulo com o número de Urna Eletrônica 77088.
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